sexta-feira, 18 de maio de 2012

Divulgação Livro Eduardo Gomes Machado




A Editora Universitária da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) publicou o livro “Reestruturação bancária e precarização do trabalho nos anos 1990”, de autoria de Eduardo Gomes Machado, Sociólogo, com Mestrado e Doutorado em Sociologia. O autor trabalhou no Banco do Brasil entre 1984 e 1997, quando foi delegado sindical em diversas unidades do Banco. O livro tem apresentação da Profª Susana Jimenez e Prefácio do Prof. Jacob Carlos Lima.

A reestruturação capitalista contemporânea, em curso a partir das últimas décadas do século XX, recria as formas de exploração e de subordinação do trabalho ao capital, demarcando um ponto de inflexão nos modos de equacionamento dos conflitos, das contradições e das relações entre os agentes sociais. Neste sentido, a reestruturação no Banco do Brasil é compreendida como parte de um longo processo de gênese e evolução capitalista das relações, dos processos e das tecnologias de trabalho na empresa, evidenciando rupturas e continuidades nas estruturas e configurações institucionais e nas mediações culturais e intersubjetivas que estruturam a reprodução do capital e do trabalho bancários.

O livro analisa a natureza e os significados da reestruturação bancária dos anos 1990 no país, detendo-se particularmente no caso do Banco do Brasil. Baseado em ampla pesquisa acadêmica, efetuada através de observação direta, análise de documentos bancários e sindicais, entrevistas e depoimentos, o livro apresenta os projetos e programas efetivados pela empresa no período, tais como Novo Rosto, NMOA, PDVI, PDV, PAQ, Profissionalização, dentre outros.  A partir desse inventário de programas e projetos, analisa criticamente as inovações e mudanças organizacionais, culturais, tecnológicas e nas formas de contratação e gestão dos bancários decorrentes. Além disso, são destacadas as modificações no perfil bancário e as consequências da reestruturação para os trabalhadores e suas famílias, resgatando e registrando memórias e histórias vividas pelos bancários.

Cabe indicar que os impactos da reestruturação no Banco do Brasil foram extremamente violentos para os funcionários. Entre junho de 1995 e dezembro de 1997 foram afastados por demissão voluntária, aposentadoria compulsória ou outros mecanismos, aproximadamente 40.000 bancários, ocorrendo também precarização das relações e situações de trabalho, degradação ou eliminação de direitos trabalhistas e sociais, intensificação da exploração do trabalho e fragilização da identidade coletiva desse grupo social.

O livro pode ser adquirido diretamente com o autor (edugomesmachado@gmail.com).

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