quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Isso que dá não estudar Sociologia e História.

DICA DE BLOG: Blog do Laque


Blog  criado pelo jornalista, professor

  José Roberto Laque.

Professor de História na década de 80, fui também, como jornalista, redator da Folha de São Paulo e editor de textos da Revista Nova Escola.
Sou autor dos livros Os Bêbados da Praça da Matriz e Pedro e os Lobos. Atualmente estou escrevendo um romance ambientado na extinta ferrovia Bahia & Minas, imortalizada na canção Ponta de Areia de Milton Nascimento e Fernando Brant.


http://www.blogdolaque.blogspot.com.br/


Texto extraído de seu SITE:

Caro perseguidor deste humilde blog, a partir deste momento não vou mais trabalhar, não vou mais pesquisar e pesquisar, entrevistar e entrevistar, escrever e reescrever, para parir um livro.  

         Também, não vou mais dar aulas de História, Geografia, tentando educar a molecada. Vou me tornar um socialite masculino - se é que existe macho nesta espécie - é relinchar bobagens na TV até virar celebridade.    

              Gastei sete anos da minha curta vida produzindo Pedro e os Lobos - Os Anos de Chumbo na trajetória de um guerrilheiro urbano. Porém, nunca consegui falar ao Portal IG e não fui chamado à poltrona do Jô. Nem a Folha de S. Paulo, onde trabalhei como redator por vários anos, me deu bola. 

              Para tentar vender um único exemplar, passo dias e dias enchendo o saco dos amigos no Facebook, dos perseguidores aqui no blog e dos bêbados que encontro pelos botecos.

              Aliás, você já comprou o seu? Brincadeirinha!


              Na verdade, são poucos os meios de divulgação que restam a quem produz uma obra que não se encaixa no gosto da mídia. 

              Agora, uma mula loira, que diz bobagens como as da manchete acima, ganha programa na TV, vive dando entrevista a revistas femininas e consegue ser a matéria mais lida do Portal IG de hoje.

              Que exemplo ela dá à meninada que está batalhando para ter uma profissão digna, ser um médico ou um educador? 

              Qual a mensagem que esse tipo de comentário passa a quem mora numa casa humilde, mas honra a atividade que exerce. Meu pai foi pedreiro por mais de quarenta anos, pobre, mas exemplar. 


              Pelas palavras da beldade, o que interessa é grana. 


              Se você perder um ente querido, for abandonado pelo namorada ou ter uma grande decepção na vida, procure um Porsche último tipo pra chorar dentro. Aliás, quanto mais caro e mais vistoso o possante, mais seu martírio será aliviado.

              Regredimos, caros perseguidores. Regredimos a olhos vistos rumo a nossa origem mais primitiva. Se ainda não temos um chipanzé loiro, parece que logo logo ele estará desfilando na tela da Band. 

              Bem, em se tratando de Val Marchiori, passar de mula para chipanzé, será até uma bela evolução.   


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OS ANOS DE CHUMBO NARRADOS DE UMA FORMA ÁGIL E VIBRANTESAIBA TUDO O QUE ACONTECEU NESSE QUE FOI UM DOS PERÍODOS MAIS CONTURBADOS Da NOSSA HISTÓRIA



ACESSE 
http://osanosdechumbo.blogspot.com.br/

domingo, 24 de fevereiro de 2013

A fabricação social de um Papa

Maturidade e competência

Maturidade e competência

Isabel Lustosa


Via: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1235467&coluna=1#diariovirtual 

Sempre que me encontro com jovens em começo de carreira não resisto a lhes dar conselhos. Ainda mais se esses jovens seguem carreira próxima da minha. O conselho mais insistente é de que façam o mestrado imediatamente após se formarem. Não deixem passar o tempo para ver qual é a sua. Como dizia o Cazuza, "o tempo não para" e se você demora muito para entrar na carreira que seguirá por toda a vida pode ter dificuldade para achar um lugar. Feliz ou infelizmente a época do romantismo profissional na área de humanas acabou. O longo período para maturar um tema e fazer dele algo de inédito e inovador deixou de ser o objetivo do doutorado para ser o da própria carreira. Só depois de ter aprendido os métodos e técnicas de pesquisa fazendo a monografia, depois a dissertação e, em seguida a tese, em tempos definidos matematicamente pelas agencias financiadoras, que você vai, de fato, entrar na carreira.

Há inconvenientes nessa pressão? Sem dúvida. O ritmo de trabalho especialmente em uma atividade subjetiva como as Ciências Humanas, depende de cada um. Há os que escrevem com facilidade e conseguem trabalhar concentrados no mesmo tema durante todo o tempo. Mas há também os que, apesar do interesse pela matéria, do gosto pelos estudos, mergulham às vezes por razões emocionais em longos períodos de dispersão e não conseguem trabalhar de jeito nenhum. Fazer o que? As regras têm que ser iguais para todos. A vantagem do segundo caso é que quem realmente tem talento e vocação pode, mesmo que com atrasos, vir a destacar-se na profissão. Como essas qualidades não estão inscritas na testa do estudante, o jeito é a instituição aplicar o critério geral.

Conversando com três jovens amigas esta semana ouvi o que seus orientadores haviam indicado como caminho a seguir para realizar suas dissertações. Uma tinha recebido vasta bibliografia a ser enfrentada antes de começar a pesquisa. Não quis me meter, mesmo que ainda informalmente, no processo de trabalho de minha amiga, mas lhe disse que eu jamais consegui trabalhar assim. Todas as vezes que tentei começar o trabalho procurando conhecer antes as questões teórico-metodológicas, o desânimo me impediu de avançar.

Um tema que me é caro, a caricatura brasileira, foi primeiro descoberto quando pesquisava para meu livro "História de presidentes". Para ilustrá-lo, tanto do ponto de vista plástico quanto textual, passei vasculhei a imprensa ilustrada brasileira desde o tempo da Proclamação da República até o governo Juscelino Kubitschek. A qualidade e a quantidade do material que encontrei me impressionou. Daí em diante quis saber mais sobre aqueles artistas, sobre suas publicações, suas trajetórias e qual o papel político que, de fato, a caricatura tivera naqueles contextos. Só depois é que a caricatura em si começou a ser problematizada e aí foi preciso recorrer a uma bibliografia que desse conta das questões que apareceram.

Assim, a meu ver, é preciso começar o trabalho pela parte mais prazerosa e também mais automática. Levantar e colecionar o material, dividi-lo em assuntos e/ou cronologicamente, ler e olhar tudo, ganhando familiaridade com ele para só depois começar a pensar sobre ele. Ou seja começar como colecionador - com os prazeres, as obsessões e os desafios que isto implica - e terminar como analista, como o crítico de tudo o que reuniu. Naturalmente que isto é uma perspectiva pessoal e que, para mim, vem funcionando bem ao longo desses 30 anos de trabalho em pesquisa. Não sei se serve para outros, mas fica como sugestão.

A vida do jovem pesquisador é hoje muito diferente do que era quando comecei. Então era a falta de prazo para concluir que funcionava como desestimulo ao trabalho. Hoje, quem terminar dentro do prazo sob o risco de perder os créditos. Por isso, muitas teses padecem com a falta de maturidade de seu autor. Da falta de experiência com pesquisa; da falta de convivência com a bibliografia e mesmo da falta até de uma inteligência emocional que só o tempo vivido nos dá. São estudos que, por isso, precisam ser analisados mais pelo observância pelo autor dos métodos e teorias que orientam o trabalho acadêmico do que pelo que representavam efetivamente de contribuição para o avanço daquele ramo das Ciências Sociais.

Por isso, também venho acompanhando com interesse o debate sobre as novas regras para o ingresso na carreira de professor universitário. Ao que parece, os concursos agora só vão contemplar candidatos que ingressem na carreira em seu nível inicial e que para concorrer nesse nível o candidato precisa ter apenas a graduação. No meu tempo vi com espanto alguns colegas se formarem e, no ano seguinte, já passarem a frequentar a universidade como docentes. Não sei o que os que foram alunos daqueles professores teriam a dizer sobre sua competência.

Naturalmente que o fato de que o candidato precisa ter apenas a graduação não impede que os que têm pós-graduação se candidatem. Mas sendo os salário inicialmente muito baixos, é bem provável que esses pós-graduados que venham a se candidatar não formem exatamente no time dos mais qualificados. Há muita gente que ficou na carreira sem produzir muito ou sem frequentar o meio acadêmico mas que tem título suficiente para barrar um candidato mais jovem. O problema mesmo, a meu ver, desse sistema é a má qualidade do serviço que será oferecido. Não sei como o movimento estudantil se comportou com relação a essa questão que emergiu na última greve das universidades públicas, mas deixo aqui uma questão: você, estudante universitário, prefere ter como professor alguém que acabou de se formar, ou que fez uma carreira mais ou menos ou alguém que se qualificou ao longo dos anos e que, por isso mesmo, só ingressará no magistério se receber salário correspondente à maturidade de seu trabalho e de sua competência?

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Espanhistão

Esse vídeo mostra uma explicação para a crise econômica eu espanhola...
Achei o nome do vídeo meio preconceituoso, mas paciência ¬¬ ...


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Moral e relatividade


Uma das lições mais valiosas que aprendi na faculdade é que tudo o que envolve a moral humana é absolutamente relativo e fruto de uma complexa combinação de fatores naturais e culturais. Tratamos como problema ou tabu tudo aquilo que foge minimamente aos nossos valores e na maioria das vezes sequer fazemos a devida reflexão de mérito. Praqueles que costumam se ofender com frequência, especialmente nestes tempos de liberdade de expressão levada ao extremo, fica a dica:

- – -


Confira mais sobre este assunto em: ((( TRETA ))) 

domingo, 17 de fevereiro de 2013

PESQUISA!


Está sendo feita uma pesquisa no Brasil para compreender, na perspectiva dos professores, como anda o ensino de sociologia. Tal trabalho pode ajudar a avaliarmos as condições de ensino desta disciplina, bem como qual o perfil de seus docentes. 
Professores que queiram contribuir, favor acessar o link e responder o questionário:
http://www.cafecomsociologia.com/p/pesquisa-cafe-com-sociologia.html 
Em função do cronograma de pesquisa, o questionário ficará disponível até terça-feira dia 19.
Contribua! Desde já agrademos.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Monólogos da Vagina


"The Vagina Monologues", que foi encenada pelas estudantes da Chatham. A peça é divertidíssima e, ao mesmo tempo que traz essa mensagem da mulher se descobrir e descobrir o prazer, alerta para assuntos como estupro e mutilação genital feminina. Consegui achar a série produzida pela HBO com a Eve Hensler, que entrevistou mais de 200 mulheres pra poder escrever a peça" Karina Menezes.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Luiz Mott entrevistado por Marília Gabriela






Eu quero lutar mas não com essa farda...



DILEMA ÉTICO DO MÊS

Há um mês escrevi um artigo para o Jornal O POVO denunciando o progresso da copa, a expulsão das comunidades pobres e a remoção de famílias...
Hoje me deparo com um edital com vagas para sociólogos...

As atribuições do trabalho são:
Realizar atividades, tais como entrevistas, 
mobilização de comunidade, prospecção social, 
dinamização de potencialidades em nível individual 
e interpessoal junto aos indivíduos, grupos ou
comunidades envolvidos nos programas
habitacionais que requerem retirada das famílias de
áreas de risco, para unidades habitacionais e/ou
indenizações.
TRADUZINDO: AJUDAR A EXPULSAR AS FAMÍLIAS, E CONVENCER QUE SAIAM SEM BRIGA E QUE ACEITEM AS INDENIZAÇÕES SEM LUTAR.

Salário: R$ 3.542,50

MINHAS OPÇÕES:
1) Tentar o concurso, e trair tudo que acredito e pelo que luto,
ou
2) Não fazer o concurso e ficar liso pelo resto das eras?

Eis o edital:
http://www.cetrede.com.br:8081/ccidades/docs/Edital02_2013Scidades230113.pdf

Eis meu artigo: http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2012/12/29/noticiasjornalopiniao,2979599/por-que-acreditar-no-brasil-e-o-que-esperar-de-2013.shtml

DO PASSADO AO FUTURO


Há mais do que sonha nossa vã filosofia.
Ainda dá tempo de mudarmos, amigos.

VIA: http://capinaremos.com/2013/02/03/do-passado-ao-futuro/