Escritor desmonta os velhos estereótipos da África.
O economista-chefe e assessor do vice-presidente do Banco Mundial Célestin Monga, que vive há quase vinte anos em Washington, nos EUA, veio ao Brasil para lançar seu livro mais recente “Niilismo e Negritude”, em que trata os problemas africanos sem o exotismo e o preconceito do olhar ocidental. Ele apresenta uma África sem os velhos estereótipos e mostra o continente pelo avesso em uma conversa com a repórter Elizabeth Carvalho.
Monga é camaronês e um dos mais importantes pensadores africanos da atualidade. Tornou-se uma personalidade em toda a África Ocidental ao ser preso após criticar o presidente do Camarões, Paul Biya (no poder a 28 anos), em um artigo no jornal francês Le Messager. Crítico das lideranças políticas africanas, Celestin exercita um olhar desapaixonado e pragmático sobre as mazelas sociais, políticas e econômicas no continente. Para ele, os povos africanos sofrem de um isolamento crônico por parte da mídia e da comunidade internacional, mas também não conseguiram se desenvolver com eficácia por causa da falta de interesse da sociedade civil e de caráter das lideranças políticas.
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