quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Frederico Pernambucano lança um livro sobre o cangaço



Frederico Pernambucano de Mello é autor de “Estrelas de Couro – a  estética do cangaço”. Segundo ele, o objetivo da obra é mostrar um lado  quase oculto desse fenômeno brasileiro. Depois de lançar vários livros  sobre o tema, ele foi procurado por Nélson Aguilar, que demonstrou  interesse em que Frederico se aprofundasse no estudo da estética  cangaceira.
Então, entre 1997 e 2000, Frederico pesquisou tudo sobre o assunto e  realizou a curadoria do módulo de cangaço na mostra do redescobrimento. O  trabalho culminou na publicação do livro.
Segundo Gilberto, apesar de serem considerados bandidos, os  cangaceiros eram também artistas. Uma das manifestações artísticas mais  comuns entre eles era a costura e o bordado. Apesar de não existirem  regras rígidas a esse respeito, vários no bando sabiam manejar uma  máquina de costura.
A costura era uma forma, inclusive, de um chefe condecorar alguns de  seus homens. Lampião, além de costurar e bordar, fazia os moldes de seus  desenhos num papel de embrulho.
No segundo bloco, Frederico falou um pouco sobre alguns mandamentos  entre os cangaceiros. Segundo ele, as mulheres eram geralmente mais  calmas do que os homens. A exceção era Dadá, mulher de Corisco, que era  mais durona. Além disso, quando ficavam grávidas, elas eram obrigadas a  sair do grupo.
Frederico também comentou sobre os símbolos usados nas vestimentas e  acessórios, como a estrela de Salomão e a flor-de-lis, o signo da casa  real portuguesa. Após olhar as diversas fotos do livro expostas no  telão, Jô perguntou se ninguém achava os cangaceiros “meio gays”,  afinal, usavam anéis, costuravam e usavam acessórios coloridos.

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