O intelectual superstar Slavoj Žižek foi um dissidente na Iugoslávia do ditador Tito e concorreu na eleição presidencial da Eslovênia nos anos 90. Notório provocador reconhecido mundialmente, se descreve como leninista e admirador da herança judaico-cristã da Europa. Já David Horowitz é um soldado linha dura do pensamento político conservador americano -- e um sionista sem o menor pudor. Nos anos 60 e 70, foi uma liderança de esquerda na universidade californiana de Berkeley. Depois de colaborar com os Panteras Negras, começou seu caminho sem volta para a direita. Hoje, seu instituto faz campanhas contra influências islâmicas e de esquerda na mídia, na academia e na política.
Este encontro entre mentes tão diferentes é no mínimo, acalorado. "Você é um apoiador da coisa mais próxima que temos do nazismo", diz Horowitz. "Você apoia os palestinos. Eu não vejo como diferenciar os palestinos, que querem matar os judeus, dos nazistas". Irritado, o esloveno dispara: "Desculpe, você já foi à Cisjordânia?".
Em alguns momentos, Assange tem que segurar Žižek, de tão irritado que ele fica embora seu adversário esteja em outro continente.
O tom da conversa varia entre combativo, pessoal e bem humorado. Os três falam de Stálin a Obama, de Israel à Palestina, da liberdade ao Estado de vigilância,-- passando, é claro, pelo trabalho o WikiLeaks, considerado "perigoso" por Horowitz. "Nós, totalitários das antigas, deveríamos, nos juntar e nos livrar deste liberal aqui!" brinca Zizek para Horowitz, referindo-se a Assange.
No final, Žižek conclui: "Isso foi uma loucura!".
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